in Público
O escritor britânico Ian McEwan revelou, passados 20 anos e dois dias, que deu a mão ao seu camarada literário Salman Rushdie e que se esconderam na sua casa de campo depois de, no dia 14 de Fevereiro de 1989, o ayatollah Khomeini ter emitido uma fatwa (decreto religioso) a ordenar a morte de Rushdie, pelo seu livro "Versículos Satânicos", que o líder religioso supremo considerou ser uma “blasfémia contra o islão”.
A história do papel que Ian McEwan teve no exílio interno de Salman Rushdie será publicada na próxima edição da revista "New Yorker". “Nunca me vou esquecer — na manhã seguinte acordámos cedo. Ele tinha que estar sempre a fugir. Foram tempos terríveis para ele”, contou McEwan.
“Estávamos a fazer café e torradas e a ouvir as notícias das 8h00 da BBC. Ele estava mesmo ao meu lado e era o tema de abertura das notícias. O Hezbollah investia toda a sagacidade e poder para o matar”. Esta foi uma das muitas manhãs dos cerca de dez anos em que Rushdie viveu escondido.
A "fatwa" levou ao corte de relações diplomáticas entre a Grã-bretanha e o Irão. Só em Setembro de 1998 é que os dois países melhoraram relações, quando o Presidente iraniano, Mohammad Khatami, garantiu que não apoiava mais a perseguição a Rushdie. Mas as autoridades iranianas reafirmaram, na quarta-feira, ao aproximar-se o aniversário dos 20 anos da declaração da fatwa contra Rushdie, que esta “não foi anulada e é válida para sempre”.
A história do papel que Ian McEwan teve no exílio interno de Salman Rushdie será publicada na próxima edição da revista "New Yorker". “Nunca me vou esquecer — na manhã seguinte acordámos cedo. Ele tinha que estar sempre a fugir. Foram tempos terríveis para ele”, contou McEwan.
“Estávamos a fazer café e torradas e a ouvir as notícias das 8h00 da BBC. Ele estava mesmo ao meu lado e era o tema de abertura das notícias. O Hezbollah investia toda a sagacidade e poder para o matar”. Esta foi uma das muitas manhãs dos cerca de dez anos em que Rushdie viveu escondido.
A "fatwa" levou ao corte de relações diplomáticas entre a Grã-bretanha e o Irão. Só em Setembro de 1998 é que os dois países melhoraram relações, quando o Presidente iraniano, Mohammad Khatami, garantiu que não apoiava mais a perseguição a Rushdie. Mas as autoridades iranianas reafirmaram, na quarta-feira, ao aproximar-se o aniversário dos 20 anos da declaração da fatwa contra Rushdie, que esta “não foi anulada e é válida para sempre”.
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