quarta-feira, 31 de março de 2010

Momento da Semana


A Filha de Ryan (1970)

terça-feira, 23 de março de 2010

Contando como foi

Continuando uma discussão que comecei num blogue de cinema que frequento com assiduidade, vinha deixar umas considerações sobre os filmes românticos. Os mesmo piegas, daqueles que uma pessoa tem vergonha de dizer que gosta, tal qual a malta há uns anos quando se falava na Sailor Moon e ninguém confessava que era fiel seguidor.
Vou começar pelo episódio deste domingo da série "Conta-me como foi". Para quem não viu, a história girou em torno da exibição no cinema do filme "Love Story". Logo no início o enredo era contado e mostrava-se um pouco do entusiasmo em torno do filme.
É daquelas obras que acabam desacreditados pelo excesso de romantismo. Não que não sejam boas ou que não possuam um clube de fãs! Mas é a tal situação dos actores bonitos, história lamechas, sentimentalismo melodramático, películas que se fartam de fazer dinheiro, dão protagonismo aos que nela encenam, mas terminam marginalizadas por serem sobretudo sentimentais.
Comentava no dito blogue o caso do Titanic. O filme ganhou 11 óscares, se não estou desactualizada é ainda o mais visto da história do cinema, foi uma revolução na altura, os protagonistas são hoje considerados dos melhores da sua geração...mas anda um desdém enorme em torno dele. Parece que já se esqueceram da febre que foi há 10 anos.
É certo que dado os avanços tecnológicos actuais o filme tenha tendência a ser reduzido a uma história romântica, apesar de estar bem longe disso. Não vou dizer que o sentimentalismo não seja uma parte importante da obra, mas o filme tem um argumento bom (algumas notas históricas inseridas são bastante interessantes), algo que a maioria desses filmes que fazem sucesso nas bilheteiras peca por falhar. Acho injusto a forma algo trocista como falam do Titanic actualmente. Teve o seu tempo, mas está longe de se resumir a caras bonitas e lágrimas fáceis. Digo eu...
Talvez daqui por mais alguns anos o filme volte a fazer as pazes com a crítica e o público, assim que o tempo o erga à verdadeira classifcação de clássico.
Voltando ao Love Story, confesso que nunca vi o filme, apenas conheço a sinopse e a banda sonora. De uma forma geral, presumo que não se afaste muito daqueles amores juvenis que cativam e cujo caso mais recente provavelmente será a Saga Crepúsculo. Podem mais tarde cair no ridículo, mas o certo é que enquanto por cá andam fartam-se de dar dinheiro e protagonismo aos que os integram. Alguma coisa terão que ter para levar tanta gente ao cinema...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Fim de Semana em Limpeza


Quem andou a limpar Portugal este fim-de-semana? Eu não andei - confesso - mas estive perto e também fiz a minha parte. Foi, no entanto, com algum desânimo que ouvi comentários do género "mandem para lá os do fundo de desemprego" ou "a minha cave é que precisava de ser limpa". Podem nem ser comentários sérios, mas demonstram um pouco da mentalidade que ainda percorre a nossa sociedade menos habituada a campanhas deste género. Ninguém me tira da cabeça que a história dos Ecopontos para as habitações só resultou por causa da publicidade.

Isto porque o Limpar Portugal era um movimento cívico, de consciencialização, que se pretendia um alerta para a necessidade de cuidar das nossas florestas. Os meios de comunicação falaram no assunto, parece que o Presidente da República passou duas horas a apanhar lixo, mas na véspera do último sábado encontrei várias pessoas que nem sabiam que o projecto se ia realizar.


O que falhou? Dadas as expectativas e mesmo o mau tempo, a iniciativa até foi considerada um sucesso. Mas faltou mais aposta na divulgação e um maior impacto nas televisões e internet. Não pude deixar de notar que para muitos tudo passou um pouco ao lado e o que ontem foi limpo hoje se não está igual, para lá caminha.


Enfim, vamos ter esperança nos resultados e no impulso da iniciativa. Se os pequenitos de 5/6 anos que vi nas matas de Ourém tiverem achado piada ao dia, por certo será o suficiente para que daqui para a frente se limpe Portugal muitas mais vezes.

Eurovision is coming II- Romanca

Corria o ano de 2008 e este pequeno grupo da Croácia traz uma música deveras encantadora. Com os toques latinos, consegue passar a semi-final e acaba por obter o 21º lugar.
Apesar de nesse ano ter, efectivamente, achado que quem merecia ganhar éramos nós, este grupo também não me passou ao lado.
De Kraljevi Ulice e 75 cents, "Romanca".



Marta

terça-feira, 16 de março de 2010

Eurovision is coming I- In my dreams

No próximo mês de Maio realiza-se em Oslo, na Noruega, uma nova edição do Festival Eurovisão da Canção. Como manifesta fã deste espectáculo, lembrei-me de que seria interessante revisitar algumas das prestações de que mais gostei, dos últimos anos. Não as que ganharam, essas já viram reconhecido o seu mérito. Vou sim mostrar algumas canções que, por uma ou outra razão, não ficaram melhor classificadas mas que, nem por isso, deixam de ser relembradas.
Visto que o certame decorre, este ano, na Noruega, começo com um outro seu representante que fez furor no ano emm que participou (2005), mas que se ficou pelo 6º lugar.
O grupo chamava-se Wig Wam e a canção "In my dreams".

Come on...


Marta

domingo, 14 de março de 2010

O Regresso de Alice


Confesso que sempre tive uma relação amor-ódio com o conto "Alice no País das Maravilhas". Foi dos poucos filmes de animação da Disney que não vi e mesmo os livros nunca me despertaram grande curiosidade. Talvez devido à falta de lógica (ou de não conseguir atingir a lógica de tudo aquilo).
De qualquer forma, fui ver o mais recente filme de Tim Burton com alguma curisidade e tive uma agradável surpresa. Alguns pontos da história estão um pouco...enfim...podiam ter sido feitos de outra forma, mas no geral temos aqui um bom regresso ao País das Maravilhas.
Não li ainda grandes críticas sobre esta obra, quem quiser comentar é bem vindo...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Depois da noitada do ano


Em jeito de resumo, para não me expandir muito como é meu hábito, aqui ficam algumas considerações sobre a Gala dos Óscares 2010.


1) A assinalar a abertura em tons clássicos, a lembrar os musicais de outras décadas, onde parecia que o Fred Astaire iria surgir a qualquer minuto

2) Alguns dos filmes que composeram o clip em homenagem aos filmes de terror eram um tanto questionáveis quanto à sua inserção no género (a Lua Nova, por exemplo, pode ter vampiros e lobisomens, mas vamos com calma...)

3) A homenagem aos desaparecidos do ano anterior estava um tanto mal realizada, o enfoque no guitarrista fez perder aos telespectadores a Memória de alguns nomes do cinema, como Patrick Swayze

4) A assinalar os discursos de Sandra Bulock e Mo'nique, momentos altos da noite

5) A banda sonora que acompanhava a entrada em palco dos apresentadores das categoriais esteve um mimo, com reminescências certeiras a Casablanca e Breakfast at Tyffanis, por exempo

6) Steve Martin e Alex Balduin (não tenho a certeza se está bem escrito) estiveram bem...mas podiam ter estado melhor

7) Nota negativa para a forma atabalhoada como apresentaram o melhor filme

8) Nota positiva para a caracterização de Ben Stiller na apresentação do óscar de melhor maquilhagem

9) Surpresa na vitória de "Estado de Guerra" como Melhor filme

10) No dia da Mulher, a assinalar a vitória da realizadora de "Estado de Guerra", pela primeira vez na história da Academia

11) Nota positiva para os comentadores da TVI, muito caladinhos, a comentarem exactamente nas alturas certas

12) Uma cerimónia em tudo inferior à do ano passado, desde o espectáculo aos nomeados (se é para escolherem 10 filmes, um pouco mais de bom gosto pedia-se)

domingo, 7 de março de 2010

"Há dias assim" na Eurovisão 2010

Confesso, não era a minha favorita para ganhar. No entanto, de entre o leque das 24 canções finalistas esta fazia parte, sem dúvida, do meu top 5.
Uma balada simples, muito digna, com uma letra lindíssima.
Ganharemos a Eurovisão? Tenho as minhas dúvidas. Faremos boa figura? Isso sim, de certeza.
Tendo sido um dos melhores Festivais da Canção dos últimos anos, foi, apesar disso, vergonhosos os últimos minutos, em que certos elementos do público não se coibiram de demonstrar o seu degrado com a votação, apupando a vencedora. Deplorável!
Filipa não te rales com isso. Portugal está contigo!
Estaremos, pois, dia 25 de Maio, aqui a apoiar-te na tua aventura em Oslo, na Noruega.




E já agora, deixo aqui também a versão em inglês desta música que é, no mínimo, interessante.

Marta

quinta-feira, 4 de março de 2010

Crónica de Uma Morte Anunciada


“A Ilha das Trevas"


Qual é a imagem televisiva mais antiga de que te recordas? Para nós, jovens mentes ávidas de conhecimento, mas que calcorreamos este mundo há relativamente pouco tempo, as respostas podem ser tão díspares quanto os poucos anos que nos separam. Alguns dirão que se lembram de chamas, confusão, choque e tudo o que envolveu o incêndio do Chiado. Outros recordarão muita gente à volta de um muro cheio de grafitis, estando este a ser desmoronado, no que ficou conhecido pela queda do muro de Berlim. Quanto a mim, poderá não ser a minha memória mais antiga, mas recordo vagamente a visão de uma multidão a correr desordenadamente num descampado…
Naquela que foi a sua obra inaugural na área do romance, José Rodrigues dos Santos leva-nos à pequena ilha de Timor-Leste, aos seus primórdios enquanto nação independente, acompanhando os passos de Paulino da Conceição e da sua família, ao longo de 30 anos que acabam por se confundir com a história do próprio país. Desde a invasão indonésia em 1975, ainda durante a ocupação portuguesa, do massacre, que se seguiu, da população, da eterna pedra no sapato que Portugal sempre teve e que não desistiu enquanto não resolveu, da atribuição dos Prémios Nobel até ao referendo de 1999, tudo se conta neste livro emocionante de relato quase jornalístico. Ao ler não nos conseguimos libertar da sensação de que “eu vi isto!”, nós fizemos parte disto! Nós fizemos parte da história!
Este é, ao mesmo tempo, o melhor livro do jornalista, apesar de ter sido, inicialmente, um fracasso de vendas. A escrita narrativa demonstra paixão e dedicação pela história, antes de o autor cair no facilitismo de Dan Brownismos desenfreados semestrais (apesar de eu até gostar da ideia de Colombo ser português) e de teorias de fazer Descartes dar voltas no túmulo, com um Tomás de Noronha misto entre James Bond e Indiana Jones.
Tendo como ponto fulcral o massacre de Santa Cruz, fica a ideia de que, mais do que o horror, as pessoas se sentiram identificadas com a população timorense pelo simples facto de a terem ouvido rezar em português… Um livro essencial para qualquer pessoa que se sinta um leigo no passado recente das nossas ex-colónias.
Depois vieram os bestsellers…




Marta

in Mordente

Em período nostálgico



Tinha a cassete lá por casa. Um filme gravado com dobragem francesa, dos tempos em que a família andava pela Suiça. Eu via na mesma, ainda que só anos mais tarde, com as lições de francês da escola, conseguisse perceber minimamente o que falavam. De resto, a história percebia-se na mesma, pois sempre foi mais visual que outra coisa.

Com a chegada dos DVDs era apenas uma questão de tempo até que as distribuidoras se lembrassem de reeditar os filmes da famosa dupla italiana Bud Spencer e Terence Hill. Descobrir este "...pela medida grande" é que foi o cabo dos trabalhos, uma vez que não é a obra mais conhecida dos dois amigos, que fizerm 19 filmes juntos.

Vê-lo finalmente com legendas em português foi uma descoberta. A história contínua a ter os ingredientes de sempre, de chorar a rir, mas as interpretações deixam muito a desejar. Vale pelo Terence Hill, o eterno Lucky Luck, e por umas boas gargalhadas. De assinalar também a música, "Grau Grau Grau", da autoria de Bud Spencer. Não será um clássico, mas dá para passar um bom bocado.

quarta-feira, 3 de março de 2010

I Gotta Feeling

Em dia de jogo de treino de Portugal-China, deixo-vos os Black eyed peas, a Oprah, 20 mi fãs e "I gotta feeling". Numa palavra, IMPRESSIONANTE. Tenho a impressão que o povo latino não alinharia tão bem numa destas.



Marta

segunda-feira, 1 de março de 2010

A melhor cena de um filme IX- A vida seria tão mais simples


Corria o ano de 1977 quando Woody Allen realiza o seu, muito aclamado, "Annie Hall", vencedor do óscar de melhor filme.Com um argumento assaz mordaz e inteligente, assume-se como um romance "nervoso".
O protagonista Alvy Singer é uma personagem memorável e, as suas divagações, inesquecíveis.
De salientar uma das cenas em que Alvy e Annie se estão a conhecer, em que podemos ver uma conjugação de discursos interpostos.
A ver.




Marta