terça-feira, 23 de março de 2010

Contando como foi

Continuando uma discussão que comecei num blogue de cinema que frequento com assiduidade, vinha deixar umas considerações sobre os filmes românticos. Os mesmo piegas, daqueles que uma pessoa tem vergonha de dizer que gosta, tal qual a malta há uns anos quando se falava na Sailor Moon e ninguém confessava que era fiel seguidor.
Vou começar pelo episódio deste domingo da série "Conta-me como foi". Para quem não viu, a história girou em torno da exibição no cinema do filme "Love Story". Logo no início o enredo era contado e mostrava-se um pouco do entusiasmo em torno do filme.
É daquelas obras que acabam desacreditados pelo excesso de romantismo. Não que não sejam boas ou que não possuam um clube de fãs! Mas é a tal situação dos actores bonitos, história lamechas, sentimentalismo melodramático, películas que se fartam de fazer dinheiro, dão protagonismo aos que nela encenam, mas terminam marginalizadas por serem sobretudo sentimentais.
Comentava no dito blogue o caso do Titanic. O filme ganhou 11 óscares, se não estou desactualizada é ainda o mais visto da história do cinema, foi uma revolução na altura, os protagonistas são hoje considerados dos melhores da sua geração...mas anda um desdém enorme em torno dele. Parece que já se esqueceram da febre que foi há 10 anos.
É certo que dado os avanços tecnológicos actuais o filme tenha tendência a ser reduzido a uma história romântica, apesar de estar bem longe disso. Não vou dizer que o sentimentalismo não seja uma parte importante da obra, mas o filme tem um argumento bom (algumas notas históricas inseridas são bastante interessantes), algo que a maioria desses filmes que fazem sucesso nas bilheteiras peca por falhar. Acho injusto a forma algo trocista como falam do Titanic actualmente. Teve o seu tempo, mas está longe de se resumir a caras bonitas e lágrimas fáceis. Digo eu...
Talvez daqui por mais alguns anos o filme volte a fazer as pazes com a crítica e o público, assim que o tempo o erga à verdadeira classifcação de clássico.
Voltando ao Love Story, confesso que nunca vi o filme, apenas conheço a sinopse e a banda sonora. De uma forma geral, presumo que não se afaste muito daqueles amores juvenis que cativam e cujo caso mais recente provavelmente será a Saga Crepúsculo. Podem mais tarde cair no ridículo, mas o certo é que enquanto por cá andam fartam-se de dar dinheiro e protagonismo aos que os integram. Alguma coisa terão que ter para levar tanta gente ao cinema...

3 comentários:

Captomente disse...

Nunca vi o Titanic.

claudiagameiro disse...

Tinha a sua piada há dez anos, hoje será um filme como tantos outros.

claudiagameiro disse...

Tinha a sua piada há dez anos, hoje será um filme como tantos outros.