tag:blogger.com,1999:blog-12454604687712479912024-02-19T05:50:27.995+00:00ConsideraçõesO que restou de um tempo em que se procurava olhar a paisagem ao pormenorclaudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.comBlogger359125tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-14489769295355039092011-03-10T13:06:00.004+00:002011-03-10T16:15:12.281+00:00Bem vindo e boa viagem<a href="http://www.hollywoodreporter.com/sites/default/files/2011/01/true_grit_1_2011_a_l_0.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 393px; CURSOR: hand; HEIGHT: 182px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.hollywoodreporter.com/sites/default/files/2011/01/true_grit_1_2011_a_l_0.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Lia o jornal há pouco e recordava-me de um artigo encontrado há anos sobre blogues de cinema. Comentava então esse texto que um dos melhores sítios do ciberespaço dedicado à sétima arte tinha encerrado porque o seu autor deixara - imagine-se! - de ser estudante. Com o mundo do trabalho a chamar a atenção, é dificil manter posts em dia, gerir comentários e ir absorvendo informação e consequente reflexão nesta plateia tão vasta que vai além do pequeno ecrã.</div><br /><div align="justify">Este não será um blogue de cinema. A bem dizer foi ao longo dos anos muitas coisas e passou por muitas fases, umas mais dinâmicas que outras. Serviu de testemunho, nem sempre ajustado, dos solavancos que se vão dando em determinadas fases da vida. Os métodos de escrita, os dilemas e as considerações também foram, por isso, mudando, acabando por estender-se nesse mundo tão repleto de opinião e charme que é o cinema. Outras coisas haveria por certo para dizer, mas as responsabilidades também são diferentes e escrever também implica ter uma visão que se possa suster, acreditando-se nela com toda a força das palavras.</div><br /><div align="justify">No outro dia apercebia-me que de um momento para o outro havia perdido o contacto de um grande amigo, companheiro de tantas aventuras e com quem passara alguns dos melhores momentos de determinada fase da minha vida. "Tudo termina" - pensei eu, habituada a dar por perdida uma luta quando ela deixa bem clara que não existe hipótese de vitória. Não por falta de coragem, que a luta, quando por aquilo que vale a pena, nunca termina, apenas se torna mais branda e conformada com a sua sorte. Apenas por falta de tempo, porque as pessoas mudam, assim como as ideias, os princípios e as prioridades. E como referia uma certa amiga minha, tudo tem um certo tempo e um lugar e há coisas que com o passar dos meses deixam de fazer sentido.</div><br /><div align="justify">De modo que divagando sobre o sentido da existência e de lutas ou pequenas batalhas que merecem ser travadas, lembrei-me com carinho, mais uma vez, deste blogue, que me acompanhou durante tantos períodos e que acaba por sucumbir, como a maioria deles, ao fim do seu tempo e do seu lugar. </div><br /><div align="justify">Pouco nele ainda faz sentido. Continuo sim a ir ao cinema e a procurar envolver-me, de forma mais ou menos impressionada, com os enredos e os trabalhos de verdadeira arte que alguns mestres parecem ainda conseguir fazer com certas obras. Mas já nem é tempo de falar sobre cinema, a ideia inicial nem era essa. É tempo de voltar a encontrar a visão que esteve no início destes comentários e que criou, a bem da verdade, tudo o que se foi escrevendo por estas páginas.</div><br /><div align="justify">No fim, para dizer que se encerra hoje estes quatro anos de considerações. Será provavelmente interessante voltar aqui uma e outra vez para recordar o que fui e o que procurava nos tempos da faculdade e se essa pessoa e esses sonhos ainda se vão mantendo com o passar dos anos. Mas já não como escritora, ainda que ela procure insistentemente pela sobrevivência, mas como uma certa leitora de certo tipo de visões do mundo e dos que o povoam. </div><br /><div align="justify">Obrigada ao Cineroad que por aqui foi deixando alguns comentários e que permitiu vingar a minha paixão pelo cinema. Obrigada a todos os anónimos e cibernautas que quiseream partilhar as suas opiniões e dar certa vitalidade a este espaço. Obrigada também à Marta, que com o seu humor e o seu olhar irónico e tantas vezes satírico do mundo permitiu boas gargalhadas e um colorido que faltava a esta casa. E obrigada à Niké que apesar das poucas participações deu a este blogue uma imaginário.</div><br /><div align="justify">De modo que por outras casas mas sempre observando, encerra-se assim o blogue. Aos que por cá passarem, há quatro anos por explorar e muitas histórias contadas. Vou continuando a comentar se surgir algum comentário. Bem vindo então e boa viagem...</div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-84675485017433727832010-12-31T13:24:00.004+00:002010-12-31T15:14:54.218+00:00Registos de Fim do Ano<div style="text-align: justify;">Ano fraquinho este, que hoje termina. Não ficou nada de marcante nem de memorável, nem me parece que dos filmes que saíram até ao momento, pelo menos em Portugal, se retire algum clássico para a posteridade. Lembrando de alguns nomes mais sonantes que passaram pelas salas, parece que o Inception terá sido "o" filme do ano. A nível da personagem, Leonardo Dicaprio não se afastou muito do protagonista de Shutter Island e talvez tenha perdido com isso. Mas quanto a efeitos, ideia original, carisma dos actores secundários e mesmo na realização, o filme tem os seus trunfos e fica-me na memória para 2010.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4zcgxmEcZv240HjVgSi9lR__dVrcKz5iWmZYNtPyQHY5MdevmjTqh13DiMj9sywW1oFoVNWC5BEg_ZPfMtlMQzhLKYzfnrkhK8ieMY-9UUh7iJSE01bKuPxCxzaDj1lOHQ664td3O4PQ/s1600/Inception-Trailer-27-12-09-kc.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 174px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4zcgxmEcZv240HjVgSi9lR__dVrcKz5iWmZYNtPyQHY5MdevmjTqh13DiMj9sywW1oFoVNWC5BEg_ZPfMtlMQzhLKYzfnrkhK8ieMY-9UUh7iJSE01bKuPxCxzaDj1lOHQ664td3O4PQ/s320/Inception-Trailer-27-12-09-kc.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556860181208785506" border="0" /></a><br />De trabalhos bem mais esquecidos, passava ontem pelas noites da RTP uma obra muito particular de Keira Knightley, a querer mostrar que consegue ser muito mais que a menina bonita dos Piratas ou a protagonista de dramas de época. Falta-lhe alguma garra, digamos, algum carisma, no seu Domino. Esforça-se e nota-se-lhe o esforço, mas não consegue sair do registo da "girl next door", demasiado querida, demasiado fofinha, demasiado a querer agradar para que a personagem se torne convincente. E o filme, cuja ideia até era interessante e a concepção está carismática, perde com a falta de peso da personagem feminina. Na maioria das vezes parece que estamos a ver a Elisabete Bennett aos gritos ou a tentar mostrar que está zangada. É sensual sim e o lado de Beverly Hills 90210 é conseguido, mas não o outro, o que se queria verdadeiro, da caçadora de prémios. Falta-lhe intensidade, verdadeiro gozo pela profissão que escolheu. Há demasiado esforço em querer parecer sensual. Ela já o é. Tudo o resto soa a falso e ele parece mais frágil do que propriamente a mulher forte e capaz de tudo que se pretendia.<br />Mas enfim, talvez fosse mesmo essa a ideia. O filme não está mau e tem alguns momentos particulares, sendo que as restantes personagens estão bem conseguidas. A realização é um pouco psicótica, talvez demais, e falha-se pelo exagero. Mas valoriza um argumento algo pobre e sem grande entusiasmo, que cai nos clichés tradicionais.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk1drX9fKU712c8ZcLsJQhiTkmKFj56BqLtVxiAAwgbqLwJbqIXpOfJwX2a3k3v0goz3rnsSRtzh4bDUHYKvugqHod3020XWLpVXaAh2anrBIN3Au91oXul9UAlJMtK0LPi9qlp4IxOVs/s1600/2005_domino_003.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 215px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk1drX9fKU712c8ZcLsJQhiTkmKFj56BqLtVxiAAwgbqLwJbqIXpOfJwX2a3k3v0goz3rnsSRtzh4bDUHYKvugqHod3020XWLpVXaAh2anrBIN3Au91oXul9UAlJMtK0LPi9qlp4IxOVs/s320/2005_domino_003.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556864611652211186" border="0" /></a><br />Para o registo do fim de ano, fica uma fotografia interessante e uma película que procura ser original, ainda que se fique pela rama. Vale pela Keira, apesar de tudo, que mesmo assim consegue prometer. Julgo que a menina está mais para papéis dramáticos do que de porrada e a vontade de fazer algo diferente é boa, mas para já ser sexy não chega e é preciso , talvez, ter carisma para ir mais longe.<br /><br /></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-23578784515123961842010-12-18T11:53:00.004+00:002010-12-18T12:17:45.182+00:00A Melhor Cena de um Filme: Nas crises e em outras guerras<p align="center"></p><p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzWOV0LCefmoNsH0-5AKYbgNCsFhWtvrYHRwJkdAZOmo3YO4JKxJTK7uMJPB2DjMUrd8dU0NuCMrpMbr_egxg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p align="center">O Senhor dos Anéis: As Duas Torres</p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-6745810910256750282010-12-17T21:35:00.004+00:002010-12-17T21:54:28.997+00:00Morreu Blahe Edwards<p align="center"> </p><p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxhzufBqyA2Le1fCKNhXf6ROo3kLZb75pY0Q9n2Kenz14eNRYEHiUIcDrXA6ye3Lwtedm7w6P0HWwXx9mti2Q' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-77031200982243522010-12-02T23:09:00.005+00:002010-12-10T16:24:33.817+00:00Uma daquelas poesias<div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjISbvweLaBgvJYS24GrNh-zg6QC-FRzV1NEd-G4Isn_HRYYbiDIP0w2v4ypXY-x1CifeuPG86lLWXTkVDIQZ62j0L1ALqJpkalrbuK8-poMrlbEAgc7oaBJGCs-rMgTRP8U3sFA9IlcHo/s320/full.jpg" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546226125355556722" border="0" /></div><div style="text-align: justify;">Existem filmes que descrevemos como poesias. Não tanto pela história, muitas vezes já tão batida que descobrimos a cinco minutos do incío o desenlance, mas pela forma como são contadas. Qualquer coisa como pergar num livro de Eça de Queirós e deliciarmo-nos durantes horas a fio com as suas narrativas. Já todos sabemos que o Carlos e a Eduarda são irmãos, ou que o Padre Amaro não é nenhum santo ou que a sociedade portuguesa não mudou assim tanto desde os tempos de el-rei D.Carlos. O que nos motiva a continuar, a ler e reler aquelas obras, está na forma como são escritas, no prazer que nos oferecem aquelas imagens, metáforas e conjugações, o dom da palavra, enfim, que poucos dominam mas que faz toda a diferença.<br />Por isso existem filmes que apesar de serem muito iguais a tantos outros nos encantam pelo modo como estão construídos, a realização, a fotografia ou mesmo o carisma dos actores. Nos últimos tempos, de cada vez que me perco por uma sala de cinema, venho profundamente desanimada com a oferta que encontro. Domina-me uma sensação de dejá vu que mesmo a esperança em ser surpreendida não consegue contrair. Os rotos são sempre os mesmos, os enredos fastidiosos e todo o cenário muito comercial. Vamos ao cinema por ir, para ter um programa para a noite, e não por existir qualquer coisa de extraordinário que nos fascine.<br />No outro dia fui ver o Americano. A escolha pendeu entre este e o A Tempo e Horas, qualquer um sem muita novidade. Mas lá decidimos ir passear um pouco pelas paisagens italianas e procurar descobrir se o George Clonney ainda tem mais que oferecer para além de um Nexpresso.<br />O George...já tem uns anitos. O senhor que me perdoe, mas o glamour está-se a perder com o tempo e talvez seja altura de procurar papéis menos à James Bond. Mas talvez aquele aspecto de cansaço se devesse à própria personagem. Não creio, em todo o caso.<br />O Americano segue o caminho de muitos filmes do género e no final da primeira parte já só me apetecia recostar-me a dormir uma sesta. Ainda bem que não o fiz. É um trabalho que ganha valor pela abordagem da realização e pela fotografia, pelo modo como a narrativa é contada, com algumas tiradas espirituosas que apenas os amantes de cinema podem compreender. Por isso, ao fim de vários meses, saí da sala com a sensação efectiva de que valeu o tempo, o dinheiro e a deslocação. Pois está um trabalho feito com gosto, com esforço e dedicação, um encanto para os olhos e ouvidos, pois até a banda-sonora merece um pequeno aplauso.<br />Que ninguém espere ir impressionar-se. Mas quem seja amante de cinema que se recoste e aprecie. O filme vale a pena.<br /></div><div><br /></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk9MA_onLFWvkRN-hvm_cnqJlubTK9UdVDroyBecSvHbEC0H9oFM42GLlWK1EwlFyjsbTbboPTJlsEpo4P7e9FkZjp0yh6sILS8kSgkxDhsA0KarTPIsNFGdBzGK9iUELYGv6xYceSOdc/s320/the-american-12-620x413.jpg" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546226480560363458" border="0" /><div style="text-align: center;"><br /></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-6204459858417203302010-11-18T16:39:00.002+00:002010-11-18T17:11:28.536+00:00Um ano e alguns meses depois...<div></div><br /><div><a href="http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/lenteoculta.fotosblogue.com/images/gd/1203979652/Castelo-de-Ourem-Portas-da-vila-Portas-de-Santarem-Paco-dos-condes-de-Ourem-Abside-da-colegiada.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 444px; CURSOR: hand; HEIGHT: 342px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/lenteoculta.fotosblogue.com/images/gd/1203979652/Castelo-de-Ourem-Portas-da-vila-Portas-de-Santarem-Paco-dos-condes-de-Ourem-Abside-da-colegiada.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify">Há uns anos valentes, ainda não sonhava eu com esta vida, encontrei-me com o Dr. Sérgio Ribeiro, dirigente da CDU de Ourém, na antiga e extinta livraria “Som da Tinta”. Teria os meus 14 anos, estava numa daquelas fases da vida em que se tomam algumas decisões definitivas, e gostava de escrever. Já não me recordo bem do teor da conversa nem o que fazia ali em concreto, mas nunca me esqueci de uma ideia que fez o centro da nossa meia hora de café: se queres escrever bem, começa por escrever sobre ti própria.<br />Não sei se o Dr. Sérgio Ribeiro se recorda da tímida visita ou do efeito que ela teve em decisões futuras, mas nove anos depois estava de partida para Macau e, meses mais tarde, em O MIRANTE. Um ano passado sobre toda uma série de vivências, a escrita até pode nem ser excelente, mas vão-se guardando algumas histórias.<br />Primeiro foi o impacto da mudança. Ourém era a mesma que eu conhecia da infância e da adolescência, mas tinha novos rostos, novas causas e uma linguagem diferente daquela a que me habituara a conhecer. Acabada de chegar da terra onde tudo fervilha, onde parece que a Europa vai envelhecendo à sombra de causas perdidas, voltava à pacatez das mudanças que podem até nem ser grandiosas, mas são marcantes. No fundo, tudo era novidade e se mais tarde não me recordar da maioria das peças que escrevi ou das questões com que lidei ao longo de um ano de estágio, poderei sempre começar por contar que também eu regressei a Ourém num momento de viragem. A todos os níveis.<br />Depois, foram as pessoas. Os chineses pareciam-me desconfiados, não se entregam, escondem com vergonha o que lhes pode roubar a face. Sorriem quando deviam explodir e ficamos sempre com aquela sensação indesejável de que, em Portugal, já estaríamos à porta. No percorrer das aldeias, tantas vezes meio perdida nos pinhais e em estradas escondidas, era o gosto de estar sobretudo em casa. Até me podiam colocar à porta, mas ao menos sabia os nomes que me estavam a chamar durante o percurso. </div><div align="justify"> </div><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 395px; CURSOR: hand; HEIGHT: 326px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_kdeDKUQPDl0/TN04M9IlikI/AAAAAAAAb0Q/oL9kbBAn6s0/s1600/macau.jpg" border="0" /><br />Por fim foi o trabalho, com uma rotina diferente da que me ensinaram em Macau. Há questões que nunca mudam e os protagonistas são, em geral, os mesmos. O presidente, os que o rodeiam, a associação, a igreja, as organizações, a população, os jornalistas…e aquela figura mais ou menos carismática que há sempre em cada terra. Só mudou no fundo a língua e a forma como se exprimem as fontes.<br />E porque não lembrar também o distrito, tão afastado das gentes de Ourém, que se habituou a ver em Leiria a sua segunda casa! Nova descoberta, esta muitas vezes com surpresa. Que sirva de convite para conhecer o que existe mais a Sul, que por vezes parece inóspito mas que tem grandes encantos. De terra em terra, com ou sem indicações, com ou sem vidros partidos e desastres automóveis a registar, foram-se conhecendo lugares que podiam entrar em muitos filmes americanos. E andei eu do outro lado do mundo…<br />Assim poderia contar daquele dia em que no meio de uma manifestação, no meio da rua, me impedem de tirar fotografias; ou de momentos caricatos na serra de Alburitel, Ourém, em plena tempestade, onde se tentou concluir a custo uma visita camarária; de horas perdidas em conversas com pessoas extraordinárias e que fazem valer a pena todas as linhas gastas a contar as suas vidas. Mas fico-me pelas impressões do ano de estágio, que provavelmente vão mudar no futuro, mas que orientaram todos os meses de trabalho que vivi até hoje.<br /><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><br /><div align="right"><em>in</em> O MIRANTE</div></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-1470508843792507062010-10-12T22:44:00.005+00:002010-10-14T12:04:51.296+00:00Angry Young Men<div align="justify"><a href="http://blog.newsok.com/fashionmatters/files/2009/09/james-dean.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUX8nDbDNby0R2g2wwAsBtquw8lxdzHd0ziG6UzHjCCjHJ9iw419_Q2D7vvv0VKAX8d2Y1-CpXBoZ6C1X1ImY_LiHoJ3Krx3AjM6SqR_6evi9t7CnO1PkNltjVj0WrZVwEkxg8m-Ov_tU/s1600/RebelWithoutACause.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527871438249548866" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUX8nDbDNby0R2g2wwAsBtquw8lxdzHd0ziG6UzHjCCjHJ9iw419_Q2D7vvv0VKAX8d2Y1-CpXBoZ6C1X1ImY_LiHoJ3Krx3AjM6SqR_6evi9t7CnO1PkNltjVj0WrZVwEkxg8m-Ov_tU/s320/RebelWithoutACause.jpg" border="0" /></a>"I suppose people of our generation aren't able to die for good causes any longer. We had all that done for us, in the thirties and the forties, when we were still kids. There aren't any good, brave causes left".</div><br /><div align="right">John Osborne<br /></div><br /><div align="right">in<em> Look Back in Anger</em> </div><br /><div align="justify">Fazia (não sei se se mantém) parte do programa de Inglês do 12º ano. Uma peça dos anos 50 que dissertava sobre uma geração meio perdida, meio desiludida, meio desorientada para com o mundo que, de repente, lhes era apresentado. Haviam sido crianças em tempos de guerra, tinham crescido ao som da luta e da morte pela pátria e agora, jovens capazes de lutar, viam um mundo que já não lhes pedia que perdessem a vida por uma causa maior, os velhos impérios caiam e os valores que os seus pais haviam defendido estavam no meio de uma cansada mudança. Entre o baby boom e o movimento hippie, entre o admirável mundo novo e o "Paz e Amor", houve um tempo em que já não haviam grandes causas pelas quais lutar. Rebeldes sem uma causa, essa geração andou meio perdida até encontrar os seus valores e o seu lugar na sociedade, ou pelo menos até o momento em que novas lutam precisaram de ser travadas e de novo nasceu a vontade de agir.<br />Li o livro de um assentada numa tarde de domingo. Aqueles jovens irados não diferiam muito de uma geração à qual em parte me identificava. Ainda há grandes causas pelas quais morrer? Sim, claro! Mas estamos tão cansados das lutas dos nossos pais e avós, vivendo numa sociedade que já em si nos coloca tantos obstáculos, que crescemos conformados com o que obtemos. Digamos...estamos demasiado preocupados com as nossas pequenas batalhas individuais para pensarmos em sofrer pelo colectivo. Somos mais egoistas? Talvez. Andamos zangados, irados por isso? Não. Andamos frustrados. Queremos tanto, batalhamos tanto e nunca nos satisfazemos. 50 anos passaram e continuamos desorientados.</div><br /><div align="justify">Há uns dias apanhei na RTP2 uma noite dedicada a James Dean e vi o seu Rebel Without a Cause (<em>Fúria de Viver</em>). A personagem enquadra-se nesse perfil de angry young man que John Osborne esboçou. Insatisfeito, desorientado, com vontade de agir, lutar, sem ter uma causa definida. Pediam-lhe apenas que vivesse.</div><br /><div align="justify">Mas que vontade de viver aquela! "Live free, die young". Porque não temos hoje essa mesma fúria? Faz-nos falta alguma dessa inspiração. Na literatura, na música, na arte, na realidade que todos os dias escrevemos. É que continuamos desorientados, mas a chama e a paixão que davam encanto ao perfil esfumou-se. </div><br /><div align="justify">Uns parágrafos então apenas para deixar a sugestão do livro e do filme. E finalmente descobri onde se tinha inspirado o videoclip da Paula Abdul onde o Keannu Reeves faz uma participação.<br /></div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-5842599360962098952010-10-11T20:11:00.004+00:002010-10-11T20:32:17.262+00:00Morreu Solomon Burke<div><br /></div><div style="text-align: center;">Era só uma das melhores músicas do filme...</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwsV5W-Al45bOfg8GpAMHiNtN3sycqS0buUJNfHuGy62QQFPBMRATL9uF3t5gwiXlJsaGfXMUyoE40BbHRGwA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><i>Dirty Dancing</i></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-880625203804040682010-10-05T13:01:00.005+00:002010-10-05T13:20:24.635+00:00A melhor cena de um Filme - No fim das monarquias<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzCfjvI02ALzZ1WS29ae_pQ46Rqb2ugJOnby8oyF4CdSVsKkxYlhaF_S0sXHwl5Q-OAQlm4xj6BEA6xVbf-yg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><i>Maria Antonieta</i></div><div><br /></div><div style="text-align: center;">Porque se comemora o Centenário da República, lembremos quando começou a nascer entre os povos a ideia da liberdade e igualdade.</div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-35788311492402401702010-10-04T18:19:00.004+00:002010-10-04T19:19:01.358+00:00No fim de uma viagem<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxRIOM-BWZXRPb_5tuREh63sJKc3syXZmzQ7WgczJg5x4EiX7_j0LLhkavte_gM1D9k8nMbXToAHfxuIg4ELID-TYRv_4g_cSGx3u7QoklpVS4C_1d8GCldQH6aW6fKiBdjyANOBvjE24/s1600/Eat_Pray_Love_01535x356.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524257446932341250" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxRIOM-BWZXRPb_5tuREh63sJKc3syXZmzQ7WgczJg5x4EiX7_j0LLhkavte_gM1D9k8nMbXToAHfxuIg4ELID-TYRv_4g_cSGx3u7QoklpVS4C_1d8GCldQH6aW6fKiBdjyANOBvjE24/s320/Eat_Pray_Love_01535x356.jpg" border="0" /></a>Viajar sozinho tem os seus prós e contras! </div><div align="justify">Existe, por um lado, uma liberdade imensa em conhecermos e entendermos o que nos rodeia da forma que mais no agrada. Corremos ruas, espaços e lugares com descontracção, sem medos, atentos apenas ao que vamos encontrar, as pequenas particularidades daquele mundo novo que nos é apresentado. Sem distracções de outrem, sem apegos, sem paixões, aprendemos a pensar por nós próprios, a interpretar com tranquilidade, a socializar com pessoas que de outra forma nem comprimentaríamos. </div><div align="justify">Tem a sua beleza, a sua dose de encanto. Os lugares adquirem pormenores, texturas, fazem brotar ideias, comportamentos, pessoas. Mas passam. Tão depressa os conhecemos como deixamos de fazer parte deles. Como quando se lê um livro e esbarramos com uma profunda descrição de um lugar. Ficamos a conhecê-lo, vivêmo-lo e por vezes até o sentimos, mas queremos mesmo é saber o que se vai passar com o protagonista no seu encontro com os outros.</div><div align="justify">Nada se recorda de verdade se não existirem pessoas. Tudo o resto podemos até senti-lo, maravilhar-nos com a sua existência, mas se não houver ninguém para partilhá-lo, perde-se o valor. Ganhamos meia dúzia de memórias que podemos garantir como nossas, mas que mais ninguém entende ou consegue compreender o significado. O mundo possui coisas lindíssimas, mas é preciso saber vivê-las e não apenas dispor delas. </div><div align="justify">A protagonista de Comer Orar Amar inicia a sua viagem afirmando que precisa de tempo para consigo própria, redescobrir-se, reaprender a sentir o gosto na vida e, por fim, encontrar o seu equilíbrio. Mas ao longo da sua viagem nunca está verdadeiramente sozinha. O seu ano de aprendizagem é pejado de figuras que a ajudam, de facto, a encontrar-se. E ela dá-se ao outros e apreende esse equilíbrio através das experiências por que passa com eles.</div><div align="justify">Isto para dizer que "saia da sua zona de conforto" e enfrente o mundo sozinha é muito giro, muito romântico, mas na prática a Júlia Roberts tem mais relações em 2 horas e meia de filme que algumas pessoas em toda a sua vida.</div><div align="justify">Ofereci o livro à minha irmã há alguns meses e este tem ficado esquecido numa pra<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwHqTq0qGrEaru4eso7vOy8aRC3Q-yGFiTapQiOiLZTRiUM8ORSc1zakWBeDaN2_hvRtR9JVxzuSpWlDSHkmCojWpI9OldBAIyyFKuzzpYB_gr5Z5W2Q6qL8UCDFtrf-e9R3ouHUjm6pE/s1600/eat_pray_love_11.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524261740604152978" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwHqTq0qGrEaru4eso7vOy8aRC3Q-yGFiTapQiOiLZTRiUM8ORSc1zakWBeDaN2_hvRtR9JVxzuSpWlDSHkmCojWpI9OldBAIyyFKuzzpYB_gr5Z5W2Q6qL8UCDFtrf-e9R3ouHUjm6pE/s320/eat_pray_love_11.jpg" border="0" /></a>teleira sem que lhe mostrem o devido interesse. Não tanto por alguém por estes lados precisar de uma dose de auto-ajuda, mas porque ver de novo a Júlia Roberts no grande ecrã tinha a sua dose de interesse. Confesso que foi mais esse privilégio que o filme em si que me levou a perder o meu tempo no cinema. Esperava uma filosofia barata, uma redescoberta interior fastidiosa e já por demais batida e um final feliz à Hollywood.<br /></div><div align="justify">O final feliz ao pôr-do-sol está garantido, o português do Javier Bardem é péssimo (fora umas frases muito curtas que vê-se terem sido amplamente treinadas, quando o homem se mete com discursos mais longos é o desastre. Era assim tão difícil arranjar um actor efectivamente brasileiro?) e a Júlia encarna de tal forma o desespero da sua personagem que não me admiraria se a academia se lembrasse dela lá mais para Fevereiro. </div><div align="justify">O argumento está bem conseguido e a realização tem alguns trunfos, ainda que julgue que a fotografia não teve a sua dose de inspiração. Os cenários são lindos, os actores secundários carismáticos e uma mensagem bem transmitida nas sequências, nas cores, nos diálogos. Mas viajar por cidades europeias e locais exóticos tem sempre o seu atractivo e não há câmara que lhes resista. </div><div align="justify">Posso atacar sem piedade o âmago da história. Fazer este tipo de experiência é também e sobretudo uma questão de oportunidade. Não vi a protagonista meter a mala às costas e dormir ao relento. Tudo esteve planeado e dinheiro era coisa que não lhe faltava. O retiro espiritual era numa espécie de hotel que a única originalidade passava por estar localizado na Índia. Presumo que seja mais fácil atingir aí o Nirvana, mas há locais desses bem mais próximos dos EUA e que obrigariam a viver o mesmo tipo de encontro interior. Mas enfim, no fundo é preciso uma certa disposição para aceitar determinados desafios e se é preciso viajar até ao outro lado do mundo, boa viagem!</div><div align="justify"></div><div align="justify">Desconfio que muitas mulheres por esse mundo vão, em breve, fazer uma viagem destas, ainda que desconfie que o objectivo final passará muito por encontrar um Bardem pelo caminho. Mas para quem não tem dinheiro, nem oportunidade, nem tão pouco vontade de fazer uma viagem do género, o filme em si é um livro de auto-ajuda, com ensinamentos a que nós próprios podemos chegar sem ser preciso ir tão longe.</div><div align="justify">Não me batam, eu adorei a película, apenas entendo que podia ir mais longe. Mas talvez para entendê-la no seu todo seja precisa uma dose de maturidade que muitas das pessoas que estavam ontem no cinema não possuíam. E cada um pode interpretar o que viu, o que ouviu e o que sentiu de maneiras tão diversas quantas são as experiências de cada um.</div><div align="justify">De maneira que ir ao cinema ver Comer Orar Amar é também, em si, uma viagem que, como todas as viagens, aconselho a que se leve companhia. Não tanto pelos pormenores que se vão captando durante o filme, pois essa é uma descoberta pessoal, mas pela moral que se retira do que se viveu ao fim de três horas. </div><div align="justify">Conversem com a pessoa do lado. Vai ser interessante perceber que pouco do que terão visto significou o mesmo para os dois. E o filme vale por isso...<br /></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-54342575643105219892010-09-30T18:57:00.003+00:002010-09-30T19:24:36.426+00:00Os que falam<div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHHFpW4wb2IFo1ZBTb_sjGpsmlkQVn2rg1ttBpIwOvSe7UJE-0JNQ9QRBO80yp2v43VDBGOoBjb2y3C6-bAufCas-BSMy09xZ0ZdzXIAZHD1HoTRUwxnVdq5-heQ5RvicRJFcBlo9zxY8/s1600/annie-hall_l.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHHFpW4wb2IFo1ZBTb_sjGpsmlkQVn2rg1ttBpIwOvSe7UJE-0JNQ9QRBO80yp2v43VDBGOoBjb2y3C6-bAufCas-BSMy09xZ0ZdzXIAZHD1HoTRUwxnVdq5-heQ5RvicRJFcBlo9zxY8/s320/annie-hall_l.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5522783966816158450" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há pessoas que gostam de falar. Outras nem tanto. Há os que respondem mal e sem educação. Há os que dizem o que queremos ouvir e outros que desabafam com tamanha inocência que nos sentimos de parte com o diabo por aceitarmos tais confidências. Mas toda a gente tem qualquer coisa a dizer. De mal, de bem, sem nexo ou a maior estupidez possível. Às vezes seria preferível ficar calado. Mas enfim, muitas vezes temos mesmo que falar.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há uns dias numa ocasião pública encontrei um desses seres que gostam de falar e opinar sobre tudo, mesmo que não tenham razão nenhuma. A pinguita da meia-noite também não deve ter ajudado. Uns riram-se, outros abanaram a cabeça, alguns saíram. Cada um gere à sua maneira as necessidades de expressão do vizinho. Nem sempre traz bons resultados, mas há quem não saiba estar calado.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Lembrei-me dessa figura singular que é o Alvy Singer e desse filme de culto que é a "Annie Hall". Não gostei lá muito da película, ainda que lhe reconheça o seu mérito e as características inconfundíveis do protagonista. Que não sabia estar calado, sem dúvida, um grande inconformado com tudo o que o rodeava e os mistérios insondáveis das relações amorosas, tão confusas quanto ele próprio. Mas demos-lhe o mérito, pelo menos exprimia-se, nada ficava por dizer. De forma desajeitada, muitas vezes sem qualquer nexo, mas com o seu encanto e a necessidade quase gritante de que reparassem nele e na sua busca incansável por respostas.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Daí que quando falamos e contamos a verdade à nossa maneira, talvez queiramos ser um pouco desse Alvy Singer na sua demanda pelos ovos. No fundo, só queremos que nos entendam. E já agora, que reparem que existimos. Ainda que seja parvoíce, ainda que nos arrependamos do que dizemos.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É capaz de ser boa noite para encontrar de novo a cara Annie Hall e dar uma volta por Manhattan ...</p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-9333629032441730802010-09-28T23:30:00.007+00:002010-09-29T19:27:05.466+00:00Na Praia Grande<div style="text-align: center;"><div style="text-align: left;"><br /></div></div><br /><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyPDrqNeHeK3ZaToA1PrK2Et_GmMVcE_OcrQcYjAdBVGCAdVnLxJ_d5bNpEtlASvQ4_JpXTIneGCeNDX0l2cQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-26669262250647519212010-09-28T23:03:00.002+00:002010-09-28T23:19:01.308+00:00E vão trêsHá que manter o espírito, a vida continua. A menina ali de cima é já uma mulher, ainda que sonhe e acredite nas histórias dos poetas. Faz-lhe falta retomar as leituras, colocar a escrita em dia e tornar a criar ideias dentro do que sempre ambicionou fazer. Sozinha não consegue, mas amigas, graças a Deus, é coisa que não lhe falta.<div>O blogue vai ganhar uma terceira voz. De uma área diferente das outras duas, com as suas crenças e os seus valores, que vai procurar ir mantendo vivo o objectivo deste espaço, que já deu muitas voltas, foi ao outro lado do mundo, mas que quer continuar a existir. </div><div>Niké começa em breve. Seja bem vinda!!</div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-23381618747918796132010-09-28T22:43:00.002+00:002010-09-28T22:49:44.554+00:00Depois da meia-noite<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal">A vida não anda fácil e para quem vai gostando de escrever umas coisitas menos sérias torna-se complicado manter um blogue. Como dizia há uns tempos uma personagem carismática das blogosfera cinematográfica, ter um blogue é mais ou menos como ter um filho. Pelo que com altos e baixos, esta página vai sobrevivendo a umas quantas convulsões, até porque tenho a minha dose de teimosia e gosto de levar as coisas adiante. Mais um período sem actualização, mais uma renovada no visual.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal">As idas ao cinema têm sido muito poucas e o videoclube cá da terra já começa a estranhar a prolongada ausência de duas das suas consumidoras. Tenhamos paciência, isto o tempo não dá para tudo e a oferta é tanta que chegar e escolher apenas um torna-se difícil. E nem tudo vale a pena! Nota-se cada vez mais essa badalada falta de ideias e novos conceitos que vai invadindo as terras do Tio Sam. Remake atrás de remake, sequela atrás de sequela, 10/20 anos depois do filme original, obras divididas em duas…para ir puxado o filão. Cansa, perde-se o entusiasmo. Teve piada no início, agora está a tornar-se cada vez mais do mesmo.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal">Não, não fui ver o filme do momento, “Wall Street”, nem penso que vá gastar uns euritos com a obra. Há uns dias apanhei a sessão da meia-noite e na falta de oferta variada fomos ver o “Salt”. Não sabia bem do que se tratava, não tinha visto o trailer e como o momento valeu pela companhia qualquer filme servia. Tinha a película começado há 5 minutos e já eu comentava para a pessoa do lado que na falta do inimigo russo, lá se tinham virado os americanos para os coreanos.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal">Erro crasso!! Eram mesmo os russos, o bode expiatório do costume, com uma teoria da conspiração das antigas. É tempo de pensar se a indústria não precisa da sua dose de terapia, o muro caiu há 20 anos, estava na altura de ultrapassar o trauma. Mas enfim, a Angelina dá a sua dose de interesse ao filme.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal">Lembrei-me na ocasião que originalmente o papel de Salt era para ser desempenhado por um homem, julgo até que pelo Tom Cruise ou algum actor do género. A versão feminina dá sempre outro encanto à história e mesmo alguma coerência. </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal">Na tentativa de revitalizar um bocado este espaço, deixa-se a sugestão. Não tanto pelos encantos da película, com um enredo ultrapassado à James Bond, mas para quem gosta de ir ao cinema depois da meia noite. </p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-16879266062761377182010-08-25T12:06:00.004+00:002010-09-30T23:02:52.780+00:00No fim do Verão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://livingincinema.com/wp-content/uploads/2009/08/ItsComplicatedTrailerCap001.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 450px; height: 237px;" src="http://livingincinema.com/wp-content/uploads/2009/08/ItsComplicatedTrailerCap001.jpg" border="0" alt="" /></a><div align="justify">Ando a tentar colocar em dia alguns dos muitos filmes que vão ficando em reserva e que, por uma ou outra razão, me despertaram a atenção. Ontem à noite dei uma hipóetese à Meryl Streep e deliciei-me com o sei It's Complicated. </div><div align="justify">Incrível como ela consegue dar personalidade até à personagem de uma comédia romântica. Nota-se nos pormenores. Pequenos detalhes que vemos perfeitamente que partem dela, da sua expressividade e competência enquanto actriz. Não admira que continue a ser nomeada, ano após ano, para os óscares.</div><div align="justify">O filme tem pouco que saber e o trailer conta a história quase toda. Relações mal resolvidas, que passaram o seu tempo, e o desejo de começar de novo sem arrependimentos do que se deixou para trás. E é o conseguir ver a evolução de uma personagem, que consegue tomar as atitudes mais contraditórias sem por isso deixarem de ser coerentes. </div><div align="justify">Fica a sugestão, para um domingo à noite, quando se quer terminar em beleza o fim de semana.</div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-10470910880448071852010-07-26T12:07:00.002+00:002010-07-26T12:21:33.485+00:00Momento da Semana - A Origem<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEVntPjZfcqg8YB8g-YCnO4DyoovOvUBy5ftwrKQcnqjH23j9XFIIuLlSVawNHWt8Pijcu41qNejx22sG_EjnMXaLqa4BfLbPAzLPUCbZycT0m5AMunHzHh1KPPs8bG6RNCTb-CP7Ge74/s1600/inception-trailer-movie-leonardo-de-caprio.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 139px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEVntPjZfcqg8YB8g-YCnO4DyoovOvUBy5ftwrKQcnqjH23j9XFIIuLlSVawNHWt8Pijcu41qNejx22sG_EjnMXaLqa4BfLbPAzLPUCbZycT0m5AMunHzHh1KPPs8bG6RNCTb-CP7Ge74/s320/inception-trailer-movie-leonardo-de-caprio.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5498188867458033762" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Para quem gosta do género Matrix e afins, este pode ser um bom programa para uma ida ao cinema. Vi o filme ontem e ainda não me sinto à vontade para tecer considerações sobre ele, mas, logo à partida, uma fotografia estonteante e efeitos visuais de nos fazer mexer na cadeira. Os arquitectos, em particular, vão adorar. Não é particularmente inovador, as ideias que debate podem ser facilmente encontradas em filmes como Matrix, Constantine, e outros do género, e o drama pessoa do protagonista é algo básico. Não surpreende pelo final, a meio do filme já sabemos como vai terminar. Cativa mais pelo seu todo, pelo que vamos descobrindo à medida que a acção avança, e pelas excelentes interpretações de DiCaprio, Page e Cutillard (se um destes não for nomeado para os óscares será uma grande injustiça). Em especial DiCaprio, que parece carregar mesmo com todo aquele mundo, e a banda-sonora de Hans Zimmer.</div><div><div style="text-align: justify;">Assim à partida, necessitando de uma segunda visualização, é um filme para apreciadores deste tipo de temáticas e não tanto para quem deseja surpreender-se.</div><div><br /></div></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-2368272344925384252010-07-05T21:48:00.001+00:002010-07-05T21:51:02.133+00:00Momentos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE533y0wJ4DFpGCjijSKOyD8y8Pu6EHV37FyUW3qdkBiEVg8-kUzbqRbGxQiwdqlU4GwtF79w_lg5m4t6FcUO0xiEHaCJGJVTk_qUrWVlEAoDBVB8uNjAZ_-eQ9hXz4Pj7jwsqLdAUO9Y/s1600/alice_liddell_2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 221px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE533y0wJ4DFpGCjijSKOyD8y8Pu6EHV37FyUW3qdkBiEVg8-kUzbqRbGxQiwdqlU4GwtF79w_lg5m4t6FcUO0xiEHaCJGJVTk_qUrWVlEAoDBVB8uNjAZ_-eQ9hXz4Pj7jwsqLdAUO9Y/s320/alice_liddell_2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5490542847859647650" /></a><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span class="Apple-style-span" style="font-size: -webkit-xxx-large;"><i></i></span></p><i><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">São as questões da força ética<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Com que brinco sem saber<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">O Homero<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">A Odisseia<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Há muito deixaram de me envolver<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">São os tempos do faz de conta<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Que já não se podem catalogar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Os oceanos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">E as suas histórias<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Deixaram de ter segredos para me contar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">É a dor de alma porque nela se fere<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">As pequenas coisas do nada saber<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Sendo piedosa, mulher solene<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Vive-se pelo que de correcto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Se julga viver<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Os tempos perderam o verbo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Que em conjugações fazia o seu julgar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">A página permanece em branco e ciente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">De que aquilo que se escrever<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Será eterno<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Cedo demais<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Ou tarde<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Se compôs a obra da vida<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">As decisões que nos cabem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Em vão são certas e sábias<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Não queria o meu mundo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Decair em tristes mágoas. <o:p></o:p></span></p></i><p></p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-60561717998876912812010-06-20T12:36:00.000+00:002010-06-20T12:37:35.128+00:00Homenagem<p align="center"><a href="http://durodrigues.files.wordpress.com/2009/10/jose-saramago.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 500px; CURSOR: hand; HEIGHT: 487px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://durodrigues.files.wordpress.com/2009/10/jose-saramago.jpg" border="0" /></a></p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-61123908685978550782010-06-10T17:54:00.000+00:002010-06-10T17:55:30.427+00:00Aquisição da semana<div align="center"><em>Hiroshima Meu Amor</em></div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiADhhlnMF_1uvUn6Kx65uCSuVXQWY_cUczEVjxablq9D6YRmn-pGT8IG_AQcdcCrJypu_E8WVZcZlfscIlBrxOxzTqXAUW3X9yqrb7RXHBbJt6rYa895nXWlmXw8E7vJ8hQPSXmUo1SiU/s1600/hiroshima.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481204968793672914" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 242px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiADhhlnMF_1uvUn6Kx65uCSuVXQWY_cUczEVjxablq9D6YRmn-pGT8IG_AQcdcCrJypu_E8WVZcZlfscIlBrxOxzTqXAUW3X9yqrb7RXHBbJt6rYa895nXWlmXw8E7vJ8hQPSXmUo1SiU/s320/hiroshima.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-32963079391637575122010-06-02T14:59:00.004+00:002010-06-03T12:33:24.095+00:00A melhor cena de um Filme XIV - Crianças<div align="center"><em>Little Miss Sunshine</em> </div><br /><div align="center">- Uma Família à Beira de Um Ataque de Nervos -<br /></div><p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzRBtHukb_6GPR3SaMP-3y3bbJXjXW3_4TX2sVxOpXDQCWupm7TESqp2Gykb7ukUsy113YclSGDbmzKWlTAtQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p align="center">O título não é a tradução literal, mas assenta melhor que o original, não acham?</p><p align="center">(a melhor parte: os seguranças atrás do DJ)</p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-79266883894583523852010-05-31T20:25:00.006+00:002010-06-03T00:05:37.161+00:00Eurovisão 2010<div align="center">Mereceu, não mereceu?</div><br /><div align="center">Andam a ganhar músicas muito "teen" nos últimos anos...</div><br /><p></p><p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyxbINQBefLYRIwO273PzfrCpg9fhMNtXfmCDNFoGs-gHpj1BHUwY5s6UJ5ir6UFso6p39_jLh5wSMVsrPemw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-75988388130324254452010-05-24T12:25:00.003+00:002010-05-24T12:39:10.622+00:00A Melhor cena de um Filme XIII - Dias de Sol<div align="justify"> </div><div align="justify">A melhor cena de Antes do Amanhecer? Todas! Não tenho falhas a apontar ao filme, da realização ao argumento, fora a vontade imensa que me deixou de conhecer Viena. É dos poucos filmes cuja sequela é tão boa quanto o original. Ainda que neste primeiro gostemos de acreditar que de facto o final foi outro...</div><div align="justify">Tenho várias cenas fvoritas, mas esta deve ser uma das melhores frases de engate do cinema.</div><div align="justify"> </div><p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxVbOZRDUR4cCS1W8WrPB-4xSHJ_YE2O7PRXZ_tI1hj3mxlkqWHRcwKkkQ_x9eXQLTTWifX9Yvw2k1PNNSZvA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p align="center"> </p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-60499862064792235452010-05-16T12:53:00.004+00:002010-05-16T13:51:25.090+00:00A Melhor Cena de um Filme XII - GladiadorPronto, adoro este filme. Lembro-me que da primeira vez que vi até nem achei nada de especial, mas quanto mais vejo, mais gosto. O filme tem várias cenas excelentes, mas adoro a cara do Rei nesta sequência, que é também uma das mais significativas. É o marco da carreira de Scott e tudo o que fizer posteriormente será comparado a este Gladiador.<br /><p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyhABl7nVnLPPm1bakdhiKE1zuebWPXy3JdWU1qk4TmwyIT32x2nVQBicK50vUS6rXW4zw59yprsLp82qv5UQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-88530799684544283322010-05-16T11:53:00.002+00:002010-05-16T12:11:10.378+00:00Hood à maneira de Scott<div align="justify"><a href="http://alemdafichatecnica.files.wordpress.com/2009/10/robin_hood_russell_crowe.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 490px; CURSOR: hand; HEIGHT: 737px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://alemdafichatecnica.files.wordpress.com/2009/10/robin_hood_russell_crowe.jpg" border="0" /></a> Estava aqui a lembrar dos filmes do Robin Hood que conheço, e inclusive da série que passou aqui há uns tempos, de forma a comparar com o trabalho de Ridley Scott que vi ontem à noite. Está interessante, de facto. Revitaliza a história de uma forma diferente do tradicional. Ainda que durante a maior parte do filme estivesse à espera de ver o Coliseu romano a qualquer momento, o filme lá se conseguiu distanciar.</div><div align="justify">Tem umas quantas incongruências históricas, mas perdoa-se. O trailer era bastante enganador. Dava a sensação de que iriamos acompanhar as aventuras de Robin Hood pela Floresta de Sherwood, quando afinal a película mais não trata que o nascimento da lenda, terminando justamente no momento em que o princípe dos ladrões se refugia na Floresta (e pelo caminho salva Inglaterra e conquista a menina do filme).</div><div align="justify">Vemos um Rei Ricardo que em tudo se afastada da tradicional imagem do Coração de leão. Pessoalmente, associo sempre o Sean Connery ao papel, e ver um rei pequenito, gordo e sanguinário teve a sua surpresa. Ao mesmo tempo, deu-se a dupla visão que paira sobre esse rei, visto como um herói por uns e como um tirano por outros. </div><div align="justify">É sobretudo o povo que se evidencia, a revolta do povo contra os senhores das terras. Por tal, o Robin Hood não é um fidalgo ou um nobre como em outras adaptações, mas um soldado a soldo que se desencanta com a guerra. Nem patriota nem nobre, um filósofo. Apesar de lá para o fim, que no trailer dava a sensação de ser o início do filme, virmos a descobrir que o rapaz até tem uma certa linhagem.</div><div align="justify">É um filme de guerra, como não poderia deixar de ser, que muito nos remete para Gladiador. Demora imenso a arrancar com a história, mas vai compensando com as aparições de uma Lady Marion muito pouco convencional. </div><div align="justify">De resto tem as célebres personagens, o Frei Tuck, o João Pequeno, o Principe/Rei João com uma paixão por uma francesa que a dado instante até nos faz gostar dele.</div><div align="justify">Como dizia mais acima, é o Robin Hood do povo, olhando para os que estão acima de si, vendo-lhes as virtudes e os defeitos. Hood à maneira de Scott, fazendo o espectador esperar pelo Circo Romano. Não está mau, mas vai ser esquecido.<br /></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1245460468771247991.post-25095767660801811202010-05-08T20:32:00.003+00:002010-05-08T21:04:37.580+00:00Um pouco de fé<div><br /><br /><div align="justify"><a href="http://www.filmofilia.com/wp-content/uploads/gallery/rg1216571517576692/main.jpg"></a><a href="http://images.craveonline.com/article_imgs/Image/Duchess-Keira.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 448px" alt="" src="http://images.craveonline.com/article_imgs/Image/Duchess-Keira.jpg" border="0" /></a>Uma vez que vivemos dias virados para as manifestações de fé, não será descabido dizer que é sempre tempo para tornar a acreditar em acções menos santas, mas também dignas de louvor. Isto porque tinha perdido a esperança de ver retratos de época dignos de referência, mas parece que eles continuam a surgir, ainda que mais ou menos disfarçados por sugestões algo polémicas e que facilmente retiram algum crédito a obras que o merecem.<br />Na outra noite dei por satisfeita a curiosidade sobre dois filmes que me andavam a atormentar a alma há algum tempo. O primeiro foi o ABC da Sedução (The Ugly Truth) que surgiu como um pequeno fenómeno há uns tempos e desapareceu com com o mesmo fulgor do seu início. </div><br /><div align="justify">O trailer remetia para as eternas comédias românticas de Meg Ryan, e o filme é-o em certa medida. Diria que se perdeu certa inocência na forma como se lidava com certos temas, ainda que estes estivessem implícitos. Talvez na ressaca de Um Azar do Caraças, as comédias românticas não voltarão a ser o que eram antigamente.</div><br /><div align="justify">A protagonista feminina, que parece ter deixado definitivamente as lides de Seatle Grace, aparece como legítima defensora dos nomes que a antencederam. O filme foi recebido com alguma decepção e desilusão quanto às expectativas, mas julgo que se tratou dessa perda de inocência ao modo dos anos 90. E o filme é o fruto do seu tempo, ainda que patine um pouco no argumento e na realização. Poderia ter chegado bem mais longe do que chegou.</div><br /><div align="justify">O segundo filme da noite foi A Duquesa. Confesso que as referências à Princesa Diana me haviam desanimado em relação à película. Aguardava um trabalho cheio de comparações, com uma Keira Knightley enfrentado corajosamente a sua sorte, à revelia de todos.</div><br /><div align="justify">Na prática, as semelhanças são mais que óbvias, não fosse apenas pela forma como a Duquesa parecia chamar as atenções. Keira dá-lhe, contudo, uma suavidade muito própria, uma forma de estar e de agir que se afastam da imagem da sua descendente. Perunto-me porque não foi ela nomeada para os óscares, uma vez que esta é sem dúvida uma das suas mehores prestações.<a href="http://blog.cleveland.com/sun/intermission_impact/2009/07/large_the-ugly-truth.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 453px; CURSOR: hand; HEIGHT: 302px" alt="" src="http://blog.cleveland.com/sun/intermission_impact/2009/07/large_the-ugly-truth.jpg" border="0" /></a></div><br /><div align="justify">E recuperei um pouco a fé nos filmes de época, remetidos para os clássicos adaptados de Jane Austen ou de qualquer outro best-seller. O filme poderia ter sido mais arrojado, ter explorado melhor os vícios da Duquesa e a sua exposição em sociedade. Em vez disso perdeu-se nos jogos do romance e na sua relação com o Duque. O filme não é menos intenso por isso, mas poderia ter sido muito mais. De assinalar a cena em que ela entrega Eliza, de cortar o coração.</div><br /><div align="justify">Por fim, os dois filmes são a expressão de duas actrizes da mesma geração que se afirmr, cada uma à sua maneira, no cinema actual. Ouviremos falar das duas, ainda que acredite que a Keira tenha muitas mais hipóteses de crescer profissionalmente do que a colega, que se enreda cada vez mais no perigosos, e limitado, circulo das comédias românticas.<br /></div><div> </div></div>claudiagameirohttp://www.blogger.com/profile/13985413189790909519noreply@blogger.com2