quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Introdução a Gustav Klimt

Gustav Klimt foi para a arte o que Freud significou para a medicina. Uma revolução na forma como as linhas e os traços, as cores e as formas, as texturas e os ritmos podem dar uma nova visão da obra do artista muito para além da mera reprodução realista. Por baixo da ponta do iceberg existe muito mais que a ilusão do objectivo. O artista tem alma, tem espírito, tem vontade, tem uma interpretação própria do que vê, ouve e sente. As emoções transmitem-lhe acima de tudo a forma como encara um objecto, um ser, uma paisagem, definem o seu mundo e a sua fantasia, os seus sonhos e constatações, não podendo por tal de estar afastadas da sua obra. O homem é emoção, sentimento, e sendo a arte uma produção humana ela reflecte sempre o eu do artista, a sua interpretação do que o envolve, o que é e o que deseja ser. Reflecte, afinal, a sua alma.
Klimt não foi meramente um pintor do feminino, contudo foi aí que se notabilizou. Desde os tempos em que ainda seguia o academismo até ao ponto máximo da sua maturidade enquanto pintor, as mulheres fizeram parte da sua vida e da sua obra, inspiraram-no, deram-lhe glória e fracasso, sem contudo se ter deixado prender a nenhuma. Elas surgem como mães, jovens, velhas, crianças, sereias, demónios ou, simplesmente, mulheres na sua condição humana, criando um resultado de grande erotismo mas também de profunda beleza.

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom.Me ajudou bastante na hora de juntar ideias e conceitos num trabalho escolar!! :-)

Anónimo disse...

Muito bom!Ajudou bastante na hora de juntar conceitos e ideias para um trabalho que precisava fazer!! :-)