sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Divagões do momento

por quanto
te dás?
por quanto
te queres?
perdoa-me
sei que o pretendes
esquece-me
para sempre

não olhes
nos meus olhos
não te percas
onde não deves
por mais que tentes
por mais que esperes
nada do que é teu
me pertence

nem eu o quero
nem eu o desejo
só pretendo
uma recordação
daquilo que quis
em determinado tempo:
uma cor nos olhos
e lágrimas
no coração

o mundo tem destas coisas
ter-te por não te ter
és aquilo que desejo
mas o qual repelo
mesmo sem querer
um desejo inquieto
que não pode ser contido
mas que arrebata
maltrata
até possuir
o pretendido

sem rimas
ou poesias
falando
só por falar
perco-me entre as linhas
daquilo que me é proibido
amar...

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