quarta-feira, 4 de julho de 2007

Confissões à noite

Noite
Que oportunidade me dás?
A de te olhar embevecida
E ler-te os astros
De um amor em pedaços
Que me escapa
Que me desdenha?

Perdão.
Tenho que pedir perdão!
Tudo o que tenho no coração
É raiva e fúria
Incúria
De uma mensagem
A decifrar.

Despertar
De uma vida que desconheço
Perdoar
Actos impensados
E pensamentos odiosos
Mentirosos
Ambiciosos
Que quero rasurar.

Desmembrar
A impiedade do meu beijo
Um desejo
Tão longe de partilhar
Como de entender.

Parte-te espelho!
Diz-me quem sou!
Decifra esta minha identidade!
Sei que possuo maldade
Em mim
Mas sei...
Serei...
Diz-me que não!
Também tenho coração,
Amor, solidão
E lágrimas.

Guerra- Pára!
Dai-me a vossa espada, cavalo e brasão!
A aristocracia não é nada
O poder não tem piada
E quem
Como eu
Quer ser
Tudo e coisas que tais
Espera-lhe apenas a solidão e o desdém.
Nada mais...

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