quarta-feira, 4 de julho de 2007

Cartas a um desconhecido X

Não consigo esquecer o dia em que te conheci... Provavelmente estás a rir-te com estas minhas palavras, soluções de lembranças que deveriam ter ficado num passado distante, apenas meu e das minhas ilusões. Mas eu sou uma mulher de ilusões! Não vivo a realidade, vivo o que gostaria que ela fosse. Talvez por isso esta minha depressão insista sempre em retornar, tornar-se cada dia mais forte e perpétua, até um dia, por fim, me consumir.
Tenho saudades do tempo em que me abraçavas e dizias que nada no mundo acabaria com uma felicidade que parecia eterna. Hoje, passados tantos anos, compreendo os perigos do sonho. Sonhar torna-nos frágeis, leva-nos para a linha da frente da batalha e não nos deixa ver com nitidez o inimigo. Se voltasse atrás esqueceria o sonho, permanceria na realidade crua e nua e não olharia a meios para alcançar os objctivos traçados para o meu futuro. Hoje tenho pena de mim. Se não tivesse sonhado teria pena dos outros.
Dói coração... Pára de bater de vez!!!

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