Era quarto crescente...
A terra- quando 'e nossa - desperta uma particular melancolia ao deix'a-la. Sentimento de culpa. Somos dela o que somos e a ela voltamos quando nos perdemos. Um i
ceberg de freud em potencia, a mais velha das licoes. Quer o homem a renegue ou a entenda.
Quando partimos, pequenos momentos de promenor assolam a nossa m'agoa: o cao de estimaca do qual nem veremos o focinho amistoso, o gato vadio, quem em brav
ura nasceu selvagem e sem dono, a cama desfeita cuja dona tardar'a em voltar, a familia em despedida
, a
incognita - o desconhecido - do que nao espero daber, os momentos de n'ausea absurda por um mundo ao qual se deixa de pertencer.
O quarto crescente. Ou seria minguante?
Da lentidao ja nao me lembra a memoria. O tempo vai de arrasto e agora segura-se a espera. Sempre a espera. Por um objectivo, por um sonho, por uma oportunidade. Desenhando-se em caracteres uma cancao antiga, coimbra nao tem so encanto na hora da despedida. O depois vem com o antes ainda a legua palmilha a milha e redescobre-se que o eu nao se define nao terra, mas nas parcelas de mundo que vamos percorrendo.
(perdoem os erros, este teclado e horrivel)
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