sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Ar Que Respiramos


Passou quase despercebido pelo panorama do cinema português. Aliás, a única referência de que me recordo vinha na Premiere, mas foi o suficiente para me aguçar a
 curiosidade. Não obstante, nunca encontrei o filme nas
 minhas diligências pelo videoclube lá da terra ou em qualquer Hipermercado, Worten, FNAC e afins. Até que me lembro de vir estagiar para Macau, mesmo ao lado da China, onde o negócio da pirataria vai de boa saúde e recomenda-se. E vou dar com o filme em casa das colegas que já por cá andam há um par de meses.
A premissa reside num ditado chinês que dita a vida basear-se em quatro sensações: felicidade, prazer, dor e amor.  A partir daqui são-nos apresentadas uma série de personagens, cujas vidas se interligam de alguma forma, respondendo sempre a essa mensagem superior que independemente do caminho que tomamos ou das opções, boas ou más, a que nos predispomos, o mais importante permanece na luta pela vida ou por uma vivência que de alguma forma nos complete. Todo o resto acaba por ficar mais ou menos de parte, àquem de caprichos de outrem ou das perdas que nos possam impedir de respirar.
Não é um fenómeno, nem tão pouco se pode dizer que tenha atingido o nível que o enredo merecia. Mas é um filme belo, com algumas excelentes e desconcertantes interpretações, daqueles que nos deixam a pensar, e toca-nos - se o deixarmos - pelas mensagens e histórias que conta. Houve quem o chamasse de pretensioso e se calhar não deixa de o ser. Mas tal deve-se ao que nos quer passar, independentemente de ter ou não seguido pelo caminho mais correcto. Por tal, vale sempre a pena ver.



2 comentários:

AP disse...

por acaso já vi esse filme e não achei nada de especial. vê-se...
aí as legendas da piratarice são qem quê? inglês, chinês ou português?

claudiagameiro disse...

não tem legendas, é mesmo versão original.