sábado, 7 de junho de 2008

Prefácio





Um pouco de esperança - ainda que as possibilidades de vitória não sejam por aí além - nunca fez mal a ninguém. Se nos restar uma desilusão como a de há quatro anos, não terá sido mau de todo. Antes ir coleccionado vices - vitórias que o último lugar nas tabelas. Não vou gritar por Portugal a plenos pulmões, exultando como uma louca o poder da nossa selecção, mas vou vibrar com esperança nos jogos da selecção portuguesa.
De parte fica a irritação por os nossos Media parecerem ver no Cristiano Ronaldo a salvação da nossa alma moribunda. Se o pobre do rapaz calha a estar num dia mau, lá se vai todo o espírito do jogo. Para não falar do ambiente pouco justo para o resto dos jogadores que também fazem o seu trabalho, também lutam pela vitória e que poucos parecem recordar quando é a altura de dar os vivas. Não queiramos - como é costume na história portuguesa - ser governados por um único herói, um dom Sebastião de calções e a fazer piruetas com a bola! Está na altura de nos vermos como um povo, um colectivo, onde cada um faz o que pode pelo bem de todos. Talvez nesse dia ganhemos efectivamente alguma coisa.

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