quarta-feira, 25 de junho de 2008

a outros estios

Faz da inveja a última estrada


é de mim que tenho medo


a pena quando passada


é memória


nunca segredo





Dos dias que não falo nem escuto nada




guardo o sol


momentos de alegria


ao mundo quando descoberto


é caixa


para sempre vazia





Os homens


seres bestiais


partem o mundo em duas caras





Nunca podemos desconfiar


quando a terceira nos bate à porta


A derrota é certeira


a crença nunca sagaz


a gentileza passageira


revela os murmúrios que subjaz







O dia cai


a vida cresce


a noite chega


a esperança perece...

1 comentário:

Anónimo disse...

Só um comentário, para não ficares triste... gostei muito do poema.