Gosto daquelas manhãs em que o vento abre a janela e esquece pequenas gotas de chuva na cabeceira. Uma sensação de conforto, segurança tão fortes e ternas que o mundo parece comprimir-se naquele recanto do nosso sossego. Quando o dia acorda nublado, triste e sisudo, trazendo novos de personagens, amantes, que para sempre ficarão no passado, a nostalgia invade um caminho turtuoso, feito à base de pequenas memórias e lembranças algo turvas de como tudo terá começado. Dias de despedida! São quase sempre carregados de nuvens e chuva, mesmo que surjam a meio do verão. Do pouco que conquistam, o coração faz apelo às lágrimas e a cabeça ao esquecimento/impressão eterna. A cidade fica mais escura, as pessoas escondem os seus rostos. No caminho de regresso ninguém te comprimenta com a exaltação do primeiro dia, o sol quente e a voz eufórica das capas negras traçadas de setembro. Não, hoje o dia está cinzento. E já passaram quatro anos...
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