segunda-feira, 5 de maio de 2008

De cartola e bengala



São daqueles dias a recordar. Nasce o sol em Coimbra e a presença de uma mudança que vai além dos limites do imaginável. Pequenos restos de passado perdem-se nas euforias do presente. De cartola e bengala, o mundo entra em colapso, a catarse é completa, a vivência do climax da vida estudantil.
Coimbra tem mais encanto na hora da despedida...

Não se querem despedidas, querem-se recomeços. Princípios para onde as experiências de estudantes servem de álbum de fotografias, de biblía com os seus mandamentos, de moral, de juízo, de consciência. Tudo o que aqui se aprende é uma amostra do que lá fora se vai conseguir. Um pouco de amor, um pouco de carinho, um pouco de alegria, um pouco de felicidade, um pouco de angústia, um pouco de stress, um pouco de ódio, um pouco de veneno, um pouco de desilusão, a cor da verdade e da mentira mitigadas na imagem que temos de nós próprios. Redescoberta que somos mais que uma simples criança.


Os dez anos já passaram. Já passaram também os vinte. Os trinta ainda vão longe, mas já não tão distantes, tão velhos como se supunha. De cartola e bengala tudo nos parece próximo e longínquo. Talvez por isso nos dêem cacetadas... Esta na hora de acordar para a realidade.

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