segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Àomén



querer ouvir-te

sussurrar o meu nome,

agitação apaixonada

de um sonho

por viver...

tens a bacidade

de uma visão iluminada

por tudo o que representas

e não és


Percorrer

com ousadia

o meu inquieto consciente

constância bravia

do que se recusa

mas pressente,

as sílabas do mar onde naufragaste

tornaram-se ódio

depois de amor


No dia em que te conhecer

nada dirás para mim,

apenas o simples renascer

e o desconhecido numa folha de jasmim,

o perfume não será o teu

nem a tez

nem a bravura,

nada do que sei será meu

nem o olhar

nem a candura,

e aí saberei

que por fim encontrei

as poções que venho semeando

pois nada mais terei

que o sabor inconstante

do teu nome

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