A vida não anda fácil e para quem vai gostando de escrever umas coisitas menos sérias torna-se complicado manter um blogue. Como dizia há uns tempos uma personagem carismática das blogosfera cinematográfica, ter um blogue é mais ou menos como ter um filho. Pelo que com altos e baixos, esta página vai sobrevivendo a umas quantas convulsões, até porque tenho a minha dose de teimosia e gosto de levar as coisas adiante. Mais um período sem actualização, mais uma renovada no visual.
As idas ao cinema têm sido muito poucas e o videoclube cá da terra já começa a estranhar a prolongada ausência de duas das suas consumidoras. Tenhamos paciência, isto o tempo não dá para tudo e a oferta é tanta que chegar e escolher apenas um torna-se difícil. E nem tudo vale a pena! Nota-se cada vez mais essa badalada falta de ideias e novos conceitos que vai invadindo as terras do Tio Sam. Remake atrás de remake, sequela atrás de sequela, 10/20 anos depois do filme original, obras divididas em duas…para ir puxado o filão. Cansa, perde-se o entusiasmo. Teve piada no início, agora está a tornar-se cada vez mais do mesmo.
Não, não fui ver o filme do momento, “Wall Street”, nem penso que vá gastar uns euritos com a obra. Há uns dias apanhei a sessão da meia-noite e na falta de oferta variada fomos ver o “Salt”. Não sabia bem do que se tratava, não tinha visto o trailer e como o momento valeu pela companhia qualquer filme servia. Tinha a película começado há 5 minutos e já eu comentava para a pessoa do lado que na falta do inimigo russo, lá se tinham virado os americanos para os coreanos.
Erro crasso!! Eram mesmo os russos, o bode expiatório do costume, com uma teoria da conspiração das antigas. É tempo de pensar se a indústria não precisa da sua dose de terapia, o muro caiu há 20 anos, estava na altura de ultrapassar o trauma. Mas enfim, a Angelina dá a sua dose de interesse ao filme.
Lembrei-me na ocasião que originalmente o papel de Salt era para ser desempenhado por um homem, julgo até que pelo Tom Cruise ou algum actor do género. A versão feminina dá sempre outro encanto à história e mesmo alguma coerência.
Na tentativa de revitalizar um bocado este espaço, deixa-se a sugestão. Não tanto pelos encantos da película, com um enredo ultrapassado à James Bond, mas para quem gosta de ir ao cinema depois da meia noite.
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