São as questões da força ética
Com que brinco sem saber
O Homero
A Odisseia
Há muito deixaram de me envolver
São os tempos do faz de conta
Que já não se podem catalogar
Os oceanos
E as suas histórias
Deixaram de ter segredos para me contar
É a dor de alma porque nela se fere
As pequenas coisas do nada saber
Sendo piedosa, mulher solene
Vive-se pelo que de correcto
Se julga viver
Os tempos perderam o verbo
Que em conjugações fazia o seu julgar
A página permanece em branco e ciente
De que aquilo que se escrever
Será eterno
Cedo demais
Ou tarde
Se compôs a obra da vida
As decisões que nos cabem
Em vão são certas e sábias
Não queria o meu mundo
Decair em tristes mágoas.
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