por outros
e por aqueles
que à imagem de vidro
se diminuem
dizem os sábios,
sem rodeios,
atender ao céu
seus pecados insanos
por isso, em dias de tempestade,
em que nada são e nada sabem,
descobrem os outros
em felicidade
que tudo são por completos serem,
vivendo do que a ambição
em vão desejou
não possuirem
depois fecha-se a cortina
e quando o sol entra em teatro de palco
abrem os olhos dos cegos
e a voz dos mudos
e nasce-se por se querer estar vivo
encontra-se em pequena carência
uma sapiência estranha
e assustadora
de por descobrir se sabe que do mundo
nada mais há que merece
fé eterna e inocência
que nada mais há
que nada mais seja
figura distorcida de uma mesma inteligência
que descobre que o perdão
vive de sonhos
e a crença de que o mundo
é também feito de anjos
2 comentários:
Já é tarde da noite. A chuva passou neste Brasil Central. Cheguei a poucos dias da Ásia. Sim conheço bem esquinas e ruas de HK e Macau. Mas recentemente estava no Japão. Parabéns pelo blog. Apreciei o Anjos da guarda, e o poema do canto esquerdo ao alto. Toca me um sentimento de beleza lusitana no Blog. A remeter a F Pessoa,Bessa Luis,ao Fado de tantos e de tantas.Da Severa a Dulce Pontes, de marujos portugueses ao jazz do Village. Remete a uma busca infinita de horizontes e mares, como a que levou Camões àquele recanto macanense.
Parabéns,
Luiz
Obrigada :)
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