Não negues, Senhora,
que vives num palácio de vidro!
Não negues, Senhora,
que ignioras o que o mundo te traz!
Não negues, Madame,
que desconheces
e ignoras
a má língua da populaça
que frusta
e afasta
mas que tem o seu porquê,
a sua realidade.
que vives num palácio de vidro!
Não negues, Senhora,
que ignioras o que o mundo te traz!
Não negues, Madame,
que desconheces
e ignoras
a má língua da populaça
que frusta
e afasta
mas que tem o seu porquê,
a sua realidade.
Senhora, bela lady,
pareces ter o mundo a teus pés.
Não te esqueças,
por quem pedes,
Que a queda,
quando acontece,
leva tudo o que consigo
ergueu.
É o perigo
da ascensão,
que pode ser rápida
vertiginosa
mas que depressa se arroga
aos caprichos do pecado.
Os senhores lá do topo,
que têm manias de magestade,
olham as Senhoras como pouco,
sementes de uma parca novidade.
Cabe às senhoras, com respeito,
atendendo de antemão à queda,
que o pudor,
mesmo refeito,
nunca ou jamais se recupera.
Atrás das Senhoras,
de porte aristocrático,
estão as damas,
de suprema nobreza,
a essas que ninguém estende o manto
e são, simplesmente, esquecidas
pela realeza
Mas às damas a quem me confesso
não posso negar igualdade
Pois apesar de nunca ter tido preço
sei reconhecer, de perto,
a felicidade
São mais baixas,
choram de amargura.
São mais modestas,
perdem, por vezes, a compustura.
São receosas,
tudo lhes causa pânico.
Vivem ansiosas
pelo trabalho bem feito.
O real é feito de damas e senhoras,
todas elas com as suas qualidades.
Mas umas espantam-se pelas coisas que têm,
pelo que conseguem
pelas suas capacidades;
As outras nunca compreendem
porque chegado o topo
tudo parece pouco
e aos olhos dos outros
recebem crueldade
As damas e às senhoras
apelo apenas
a um pouco de honestidade
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