Quero ver-te
Quero entender-te
Como me entendes a mim
Quero encontrar-te
e sei que o farei
Mas não sei como encarar-te
Olhar-te nos olhos
E confessar-te
a minha vergonha
Anjos do céu
a quem apelo
O mundo que vejo
não me pertence
Sou pessoa do presente
nunca do passado
Mas como esquecer
O tempo perdido
o rosto sofrido
e as mãos em sangue
Senhor, meu Deus
que conselho me dás?
Sou dono de mim
ou fruto de Santanás?
Será que tenho alma
Será que tenho amor
Pertenço aos que me rodeiam
ou à sombra do rancor?
Rezando nada consigo
mas continuo a rezar
por muito que estejas comigo
Um dia
sei-o
deixarei de sonhar
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