sexta-feira, 30 de março de 2007
Cartas a um desconhecido - I
Pergunto-me, quem está ai?
Sabia dizer-te onde estava, os pensamentos que tinha e os sonhos que realizava. Viviamos imersos na nossa felicidade e esquecíamo-nos do mundo como se esquece de uma lembrança. Nada temíamos, simplesmente vivíamos e deixavamo-nos levar na corrente. Dizias que acabaríamos por morrer cedo tal era o nosso desafio ao mundo. Nunca consegui perceber porque razão mo dizias tão insistentemente. eu também o sabia e o recordava com maior ou menor persistência. O facto, é que me recusava a acreditar que algo tão belo e tão profundo pudesse ter um fim mais repentino que a morte, que o abrir da barragem que já não suporta a sua dor e transborda... Senti-me assim! A cair num precipício onde as águas me envolviam e me perturbavam a mente. Não coneguia pensar, não conseguia respirar, não conseguia ver a vida sem aquele meu ar que me acalentou o corpo durante anos. Apenas sentia... E um sentimento tão profundo, tão complexo e mortal que a sua simples recordação me deixava de rastos, imersa, qual autómato na sua inutilidade...
Pergunto-me, quem está aí?
Passaram largos anos desde que deixei de conseguir acreditar que alguém possa estar ao pé de mim. E todos esses dias, semanas, meses e anos foram de uma existência morta, solitária, presa às correntes de uma ilusão que não quis abandonar. Mas... agora... agora olho ao meu redor eu vejo que... não estou só! Que maravilha, que surpresa! Como pude esquecer por tanto tempo o caloroso amor da multidão? Como me pude deixar no fundo do rio onde, em outros tempos, nem queria entrar?
Dá-me vonte de rir eu pensar que, no início, repudiava só a simples imagem de entrar em ligar tão hediondo. Assemelhava-se ao Tártaro, rio dos infernos, na minha imaginação...
Um momento...
Vêm aí!
Depois continuo.
Sabia dizer-te onde estava, os pensamentos que tinha e os sonhos que realizava. Viviamos imersos na nossa felicidade e esquecíamo-nos do mundo como se esquece de uma lembrança. Nada temíamos, simplesmente vivíamos e deixavamo-nos levar na corrente. Dizias que acabaríamos por morrer cedo tal era o nosso desafio ao mundo. Nunca consegui perceber porque razão mo dizias tão insistentemente. eu também o sabia e o recordava com maior ou menor persistência. O facto, é que me recusava a acreditar que algo tão belo e tão profundo pudesse ter um fim mais repentino que a morte, que o abrir da barragem que já não suporta a sua dor e transborda... Senti-me assim! A cair num precipício onde as águas me envolviam e me perturbavam a mente. Não coneguia pensar, não conseguia respirar, não conseguia ver a vida sem aquele meu ar que me acalentou o corpo durante anos. Apenas sentia... E um sentimento tão profundo, tão complexo e mortal que a sua simples recordação me deixava de rastos, imersa, qual autómato na sua inutilidade...
Pergunto-me, quem está aí?
Passaram largos anos desde que deixei de conseguir acreditar que alguém possa estar ao pé de mim. E todos esses dias, semanas, meses e anos foram de uma existência morta, solitária, presa às correntes de uma ilusão que não quis abandonar. Mas... agora... agora olho ao meu redor eu vejo que... não estou só! Que maravilha, que surpresa! Como pude esquecer por tanto tempo o caloroso amor da multidão? Como me pude deixar no fundo do rio onde, em outros tempos, nem queria entrar?
Dá-me vonte de rir eu pensar que, no início, repudiava só a simples imagem de entrar em ligar tão hediondo. Assemelhava-se ao Tártaro, rio dos infernos, na minha imaginação...
Um momento...
Vêm aí!
Depois continuo.
domingo, 25 de março de 2007
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quero discutir.
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