segunda-feira, 5 de julho de 2010

Momentos

São as questões da força ética

Com que brinco sem saber

O Homero

A Odisseia

Há muito deixaram de me envolver

São os tempos do faz de conta

Que já não se podem catalogar

Os oceanos

E as suas histórias

Deixaram de ter segredos para me contar

É a dor de alma porque nela se fere

As pequenas coisas do nada saber

Sendo piedosa, mulher solene

Vive-se pelo que de correcto

Se julga viver

Os tempos perderam o verbo

Que em conjugações fazia o seu julgar

A página permanece em branco e ciente

De que aquilo que se escrever

Será eterno

Cedo demais

Ou tarde

Se compôs a obra da vida

As decisões que nos cabem

Em vão são certas e sábias

Não queria o meu mundo

Decair em tristes mágoas.

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