Gostaria de te ter dito, certo dia, que a incompreensão das coisas arrasta o que de mais hediondo e pobre existe na humanidade. A dúvida transforma-se em certeza e a beleza dos pequenos cromossomas incógnitos da tua complexidade adquire certa nudez imunda, repulsiva. Esta não é exótica - nem tão pouco erótica - é apenas um pequeno pedaço de carne desprendido do brilho e da sensualidade que a compôs. Por tal, amigo, perdeste com poucas palavras o discurso certeiro e eterno de uma vida, na inconstância das tuas atitudes, no alarido inóquo do teu comportamento. Outros - quem sabe - poder-te-iam dar tréguas, ainda que breves, passos de uma caminhada imcompreensível numa estrada turtosa. Perdeste... Por mais que te procure, não te libertarás da imagem deformada que, desde hoje, a minha mente desenhou do teu nome...
domingo, 28 de setembro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
O flautista e a sua sonata
Prevejo
que a sonata do meu flautista
perdeu
Como perdoá-lo?
Vida sem música
alma cambaleante
espírito desgastado
num luar sombrio
De noite, tenho frio
mas a canção é muda
e o ventre infértil
Pequena ilusão da consciência
perpétua dor e na saudade
canção de amor
benevolência
por quem não tem
mais que a saudade
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Composição
na pesquisa
que daqui advejo
paixão incerta
de momentos inoportunos
que daqui advejo
paixão incerta
de momentos inoportunos
desejo reprimido
do que me acerca
viver sem medo
viver de sonhos
canções de sátira
amores de ódio
mares doces
de sobremesas geladas
anseios vagos
de futuros incertos
crescimento eterno
marcado na terra
ilusão esquecida
que nunca recupera
conquista
de terra inculta
nada prende
nada compõe
quem dera a mim
ser eterna
completar com palavras
pequenas divagações
se vives para ser assim
não cresças
compõe...
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